Como foi fazer o meu primeiro cruzeiro

Venha navegar no maior cruzeiro a percorrer águas brasileiras e saiba tudo sobre esse prédio flutuante

No dia 21 de março de 2019, eu e meu namorado embarcamos em uma aventura em alto mar durante 4 dias.

O embarque no cruzeiro

O embarque já estava liberado desde 12h00, porém devido à alguns contratempos, conseguimos embarcar somente às 16h00. No final das contas acabou sendo melhor, pois as cabines já estavam liberadas.

Assim sendo, conseguimos logo conhecer o nosso alojamento e pegar as malas que são depositadas em frente as mesmas!

O que me surpreendeu logo no início da viagem foi o processo de embarque que foi muito rápido. Pegamos um uber da casa do Luis e em 15 minutos já estávamos no Terminal Marítimo de Passageiros.

Lá, já fomos encaminhados para um espaço da Anvisa que estava disponibilizando vacina contra sarampo por conta de casos ocorridos dentro do navio. Como o Luis já havia se vacinado e eu tinha tomado contra febre amarela em um período de 30 dias, nenhum dos dois tomou, porém ambos já somos vacinados desde da infância.

Dali, nos encaminhamos para a parte do check-in. Em seguida pegamos um ônibus dentro do Concais, para então embarcar no cruzeiro.

O Seaview em números

Estava um dia bastante nublado e chovendo :(, mas nem que estivesse caindo o mundo, nada poderia diminuir o impacto ao ver o tamanho do navio. É realmente gigante!

E não é para menos, o atrativo tem 323 metros de comprimento, com capacidade para 5.300 passageiros, divididos em 2.066 cabines, com 20 andares, sendo 15 atribuídos para a circulação dos hóspedes. G-I-G-A-N-T-E! Inclusive o projeto do transatlântico foi inspirado nos condomínios de praia de Miami!

Entrando no navio

Ao entrar no navio, passamos pelo sistema de segurança (raio X e guardas) e logo saímos da muvuca em direção a nossa cabine. Durante o trajeto contemplamos o que nos aguardava, restaurantes, bares, piscinas e muito luxo.

Nossa cabine ficava localizada no 13° andar, e logo no início sentimos a dificuldade de pegar o elevador para locomoção lá dentro. Inclusive foi uns dos pontos fracos do passeio, pois, ou ficávamos esperando o elevador que era muito demorado ou fazíamos tudo subindo e descendo as escadas. Optamos pela segunda opção, mesmo porque somos saudáveis e queríamos aproveitar cada segundo dentro daquele mundo de diversões em alto mar.

Entrando na cabine, ficamos contentes com o tamanho dela.

Era, espaçosa, bem decorada, e principalmente com a varanda que nos proporcionou uns dos melhores momentos no decorrer daquela experiência linda!

Como são as cabines do cruzeiro?

Em relação as cabines, existe a possibilidade de ficar nas internas, nas com varanda e nas maiores para a família que podem acomodar até 10 pessoas.

Ao todo são 2.066 cabines, localizadas entre o 9° e 15° andar, divididas em várias categorias.

O nome delas são: Suítes Royal, Suítes Deluxe, Suítes internas, Suítes com banheira privativa, Suítes com dois quartos, Grand Suítes, Suítes, Varanda, Vista para o mar, Internas e Cabines para famílias.

Elas parecem com um quarto de hotel, com a cama bastante confortável e mesmo com o balanço, conseguimos descansar muito bem nas três noites.

Também havia um frigobar com guloseimas deliciosas, bebidas alcoólicas (garrafinhas pequenas muito fofas que trouxemos para casa rs), cervejas, refri e águas. Como nós pegamos o pacote de bebidas, usamos frigobar a vontade. Há ainda 52 cabines para hóspedes portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Outra parte que gostamos foi o banheiro da cabine, que apesar de minúsculo, tinha uma banheira que nos proporcionou momentos de relaxamento.

Também possuía uma televisão que disponibilizava as informações da nossa estadia no navio e a localização do mesmo em alto mar.

A tecnologia no MSC Seaview

Aliás, a tecnologia foi um ponto muito interessante do navio, além da televisão no quarto ainda tinha o aplicativo MSC for me, que possibilitava a facilidade de fazer reservas nos eventos, acompanhar toda a programação do navio, a localização dele em alto mar e marcar excursões nas cidades de parada e tudo isso sem a necessidade de comprar o pacote de internet.

Havia também os 139 totens espalhados em todo o equipamento, que fornecia as mesmas facilidades que o app.

Depois de conhecermos a nossa cabine, fomos desbravar mais um pouco o MSC Seaview. Vimos onde ficavam os restaurantes, os bares, as piscinas. Posteriormente, andamos em direção a Popa (parte de trás do navio), para vê-lo sair de Santos para navegar mar a fora.

Esse foi um dos momentos mais emocionantes pra mim, pois sempre via cruzeiros saindo de Santos e imaginava se um dia seria eu lá dentro vendo a orla se distanciar e esse dia finalmente havia chego. Foi empolgante!

Explorando o MSC Seaview

A partir dali, fomos conhecer um pouco mais do navio, em 4 dias conseguimos desbravar boa parte dele, pelo menos as áreas principais. Mas para aproveitar com mais calma todos os ambientes é necessário de pelo menos uma semana de cruzeiro, porque o navio é de fato MUITO grande.

Era umas 18h30 e já começava a baladinha na área da piscina Sunset, onde aconteciam festas, shows, etc. Essa inclusive, foi a piscina, das 4 acessíveis que mais gostamos e frequentamos.

Como são as piscinas do cruzeiro?

A Sunset Beach Pool fica na Proa do navio no 7° deck (andar), ou seja, a visão dela é de tirar o fôlego. Além disso, tem o elevador panorâmico na frente e a estrutura que imita um prédio dando a impressão de estar em um condomínio de luxo.

Um fato curioso é que as águas das piscinas são trocadas toda noite. Eles utilizam a própria água do mar para renovar, por isso, mesmo depois de ser filtrada o sal permanece deixando a água mais densa e dificultando a possibilidade de afundar.

Nós tivemos a oportunidade de curtir um samba, tomar alguns drinks ao som de um DJ que tocava de tudo, tomar muito sol e relaxar nessa parte que frequentamos algumas vezes durante essa viagem, sem dúvida, a nossa piscina preferida.

Piscinas e hidromassagens

Além da Sunset, o navio possui mais 4 piscinas e 13 banheiras de hidromassagem. Umas das piscinas fica na área privativa do navio, a Yacht Club, considerada área de luxo dos navios do MSC Cruzeiros. A terceira fica localizada também na popa do navio, no deck 16, a Panorama Pool que é de longe a mais movimentada do equipamento.

É nessa piscina, que o pessoal fica centralizado, com várias espreguiçadeiras e uma tela enorme, a galera se diverte com shows, aulas, entre outras atividades. Por ser muito movimentada, acabamos que por fim não entrando nela. Na foto abaixo ela não estava tão cheia porque a turma estava visitando a cidade de parada, Ilha Grande/RJ.

A segunda piscina é a Jungle Pool que fica situada no deck 18, e o grande diferencial dela é o teto retrátil e a sua temperatura mais quentinha.

Por estar localizada em uma área de atrações aventureiras como os tobogãs e perto de outra piscina que fica no mesmo deck, a Forest Aquaventure, juntas elas somam as piscinas voltadas ao público infanto-juvenil.

Fomos uma única vez na Jungle pela noite, no terceiro dia que foi quando o navio parou em Ilha Grande -RJ.

Além do mais, conseguimos aproveitar os atrativos que estavam muito lotados no primeiro dia quando o navio estava em navegação e um deles foram os tobogãs.

Ao todo são três para adultos, no qual, dois deles o amiguinho vai sem nada, apenas com a cara e a coragem e o terceiro desce com uma bóia particular. Vale muito a pena para quem gosta de uma adrenalina, eu adoro!!

Outros atrativos do cruzeiro

Outro equipamento que conseguimos aproveitar bastante no 3° dia foram as banheiras de hidromassagem. São várias delas espalhadas pelo navio, ao total são 13 e vivem lotadas.

O tempo de permanência é de 15 minutos, mas, o pessoal não respeita e ficam até a pele derreter rsrs, portanto, quando chegou na nossa vez não fizemos diferente não haha, mas calma, ficamos mais de hora porque estava milagrosamente vazia.

A capacidade é de até 8 pessoas e durante a noite ficamos um bom tempo sozinhos :).

Teatro Odeon

Ainda no primeiro dia, conhecemos o Teatro Odeon localizado no deck 6, assistimos ao espetáculo Fantasia que reservamos através da tela interativa. O show é estilo Broadway, com artistas de varias nacionalidades que fazem performances incríveis, realmente espetacular!

O espaço tem capacidade para quase mil pessoas e a duração da apresentação é de 50 minutos.
No segundo dia, o navio ficou em navegação o dia inteiro, consequentemente as atrações estavam lotadas. Neste dia, tomamos um belo café da manhã no restaurante Ocean Point Restaurant e conseguimos aproveitar a piscina Sunset pela manhã, posteriormente almoçamos no Marketplace!

As pontes panorâmicas

Em seguida, continuamos a explorar nosso lar flutuante. Dentre os lugares que apreciamos, destaco as duas pontes panorâmicas, ambas com piso de vidro, dando a impressão de estar caminhando sobre o oceano.

A Bridge of Sighs localizada no deck 16 e a Infinity Bridge situada no deck 8, fazem parte da proposta principal do Seaview, que é permitir que o hóspede tenha uma experiência de contato maior com o mar.

A Bridge of Sighs, por exemplo, é uma passarela transparente de 40 m, situada acima da piscina Sunset, proporcionando uma experiência muito bacana.

O elevador panorâmico

Além das pontes, outro atrativo que faz parte da proposta de maior interação com o mar é o elevador panorâmico. Ele proporciona uma vista espetacular, digna de muitas fotos, e por algum motivo as pessoas não utilizavam muito ele, o que nos possibilitou unir o útil ao agradável!

Outras belezas do navio são as escadas Swarovski. Essa é realmente de tirar o fôlego, da vontade de pegar um travesseiro e dormir naqueles cristais belíssimos, avaliados nada mais que 16 mil reais cada degrau.

Compras no cruzeiro

Conhecemos também algumas lojas localizadas nos decks 5, 6, 7 e 8. A concentração está no deck 6, com loja de bolsas de grife, boutique com roupas e sapatos também de marca.

Além disso, tem outras lojas de relógio e jóias, de perfume e cosméticos junto com um Mini Mall com chocolates, guloseimas e produtos de higiene.

No deck 5 há a galeria de arte do navio. No 7 tem uma outra de relógios e óculos escuros e no 8 existe mais uma loja de jóias e a MSC Shop com suvenires ( a única que entramos por questões óbvias rs).
Gostamos também do solarium que fica no último deck, permitindo uma vista mais alta e sensacional!!

Após curtimos um sambinha a tarde na piscina Sunset (de novo!), fomos até a cabine nos preparar para jantar no restaurante já determinado e posteriormente para a festa do Branco.

O evento aconteceu a noite na piscina Panorama (aquela com telão). Não ficamos muito por conta do cansaço, mas achei a atração muito animada. Vale a pena dar pelo menos uma passadinha para cantar Magic in the air com a galera rsrs.

Parando em Ilha Grande

Nosso terceiro dia começou com aquela vista de arrepiar, ao abrir a cortina da varanda já estávamos em Ilha Grande, a única parada da viagem.

A visão é realmente belíssima e fomos abençoados com aquele dia ensolarado. Aliás, tivemos muita sorte, pois saímos de Santos com chuva e a previsão era essa para os outros dias, mas fez sol no 2° e 3° dia.

Neste dia, aproveitamos que o navio estava mais vazio e usufruímos dos atrativos como já mencionado anteriormente e também descemos para conhecer um pedacinho da Ilha. Exploramos somente uma parte da Vila do Abraão e deixamos nossa contribuição para a renda do turismo na região.

Decidimos ficar pouco, pois como foi um mini cruzeiro, optamos por aproveitar ao máximo o navio.

O Cassino

Além das instalações que curtimos nesse dia, anoite depois da janta, fomos conhecer também o famoso Platinum Cassino.

Aproveitamos que o cruzeiro estava em alto-mar e fomos arriscar nos caça-níquéis. E olha que vou te dizer que o negócio vicia mesmo rapaz, teve uma hora que começou a chover dimdim e não queríamos mais sair, massss, depois de 5 min já havíamos perdido tudo e ficamos no 0 a 0 rsrs.

A experiência vale muito a pena, também tem a disposição mesas clássicas de jogos e um bar super chique, digno de 007.

Como funciona o desembarque

Após a deprê de não termos ficado milionários no Cassino, fomos dormir e no dia seguinte quando acordamos por volta das 7h00 do dia 24/03 já estávamos em águas Santistas!

E foi tão lindo, apesar daquela depressão pós viagem, Santos diferentemente do primeiro dia nos recebeu com um sol de arrepiar, afinal de contas a embarcação foi projetada para seguir o sol não é?! rs.

Arrumamos nossas malas e deixamos em frente da cabine, com uma mochila cada e fomos rumo ao nosso último café da manha!

O desembarque é dividido em grupos de cores e cada um tem um ponto de encontro marcado.

Ele é feito de forma bastante organizada. Informações sobre a cor, assim como a etiqueta ficam em frente da cabine na noite anterior.

Ao desembarcarmos, pegamos um ônibus até o Concais e lá no meio de um monte de gente esperando táxi, uber, seus pais, esposas, amigos, estávamos nos dois ao fim dessa aventura rápida mas memorável e que só fortaleceu ainda mais nossa conexão e nossos sonhos.

Além dos equipamentos, atrativos e atrações mencionados, existem diversas outras opções, porém como não desfrutamos delas vou citá-las apenas para conhecimento, são:

Áurea Spa, espaço exclusivo Yatch Club, tirolesa do MSC Seaview com 105 metros de comprimento, quadra poliesportiva, o espaço Arcade Games & Bowling com boliche, jogos, games, simulador de fórmula 1 e cinema XD e a academia.

O navio também disponibiliza áreas para crianças e adolescentes como o Baby Club Chicco, Mini Club Lego ( 6 a 11 anos), Doremi Studios, Toung Club (12 a 14 anos) e o Teen Club.

Curiosidades do cruzeiro

• Cada Deck possui um nome, são eles: deck 5: “Mediterranean”, deck 6: “Pacific Ocean”, deck 7: “Indian Ocean”, deck 8: “Atlantic Ocean”, deck 9: “Tirreno, deck 10: “Adriatic”, deck 11: “Black Sea”, deck 12: “Balearic”, deck 13: ¨Ionian”, deck 14: “Yellow Sea”, deck15: “Aegean”, deck 16: “Red Sea”, deck 18: “Caribbean”, deck 19: “Coral Sea” e deck 20: “Sun Deck”.

• Nos navios do MSC não existe o deck 17, pois na Itália dizem que esse número da azar e a companhia italiana segue a superstição.

Sobre os cartões do cruzeiro

• Para abrir as portas das cabines, utilizamos os cartões (com identificação) fornecidos no terminal de embarque, e através do sensor, basta aproximarmos até a maçaneta. O mesmo cartão é utilizado para fazer pagamento a bordo, para tanto, é necessário ter um cartão de crédito internacional. Também tem a possibilidade de fazer o depósito em dinheiro, para o último caso ao final do cruzeiro terá que pagar o que faltou ou pegar o que sobrou. Para abastecer o cartão é necessário encontrar uma das máquinas de ativação. No último dia a conta estará em frente da sua cabine, basta conferir e assinar.

• O navio tem um cheiro muito esquisito, acredito que devido ao motor, não sei, mas no último dia eu sentia aquele cheiro na comida, nos ambientes e até nas minhas roupas, não foi um ponto muito agradável, mas também não há como escapar.

• Para ir até Ilha Grande, foi necessário pegar um meio de transporte chamado Tender, pois o navio não pode atracar direto no píer de Ilha Grande. É bem rápido, porém para quem tem claustrofobia pode ser um pouco incômodo, pois é todo fechado na parte de baixo e apertadinho, acho mais válido ir na parte de cima que é aberto e a visibilidade é melhor, no nosso caso, fomos e voltamos na parte de baixo mesmo rs.

• No primeiro dia existem dois horários que a tripulação realiza o treinamento para evacuação de emergência, todos os passageiros são obrigados a comparecer, eles reúnem em grupos em pontos específicos do navio para passar o procedimento.

O que levar em um cruzeiro?

A saber, o navio já fica a disposição do passageiro a partir do 12h00 do dia do embarque, então é importante quem já queira embarcar logo, levar uma mochila com roupas de banho, protetor solar e uma troca de roupas, pois as cabines provavelmente ainda não estarão disponíveis. Como entramos mais tarde, assim que embarcamos nossas malas já estavam em frente da cabine que também já estava livre, mas levamos uma mochila para precaução.

Casos de sarampo

Na época que viajamos, teve casos de sarampo no navio, então tivemos que levar carteirinha de vacina para comprovar no momento do embarque para a Anvisa que estávamos vacinados ou não e que a responsabilidade de possível contágio seria nossa. Eu tomei a vacina contra a febre amarela por causa da parada em Ilha Grande, porém ambas as vacinas não eram obrigatórias para o embarque, mas sempre acho importante levar a carteirinha para possíveis imprevistos, nossa saúde é sempre prioridade.

Levamos também remédios para alergias, dores de cabeça e enjôo, além de gengibre para evitá-lo. Aliás, senti bastante no final do terceiro dia que o navio acelerou, tive que tomar remédio e só tinha o bendito Dramin, o que não recomendo porque fiquei que nem uma zumbi e não consegui aproveitar quase nada a noite do último dia. E sim, eu e o Luis sentimos bastante o navio balançar, tonturas algumas vezes, mas nada que não dê para acostumar.

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Além dessas pontuações sobre o que levar, carregue também muita disposição, porque opções do que fazer, não vai faltar!

Obrigada querido leitor por ter navegado nessa aventura conosco! Te vejo em breve!

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Veja também: Saiba tudo sobre a gastronomia do MSC Seaview