Alagoas: Como foi viajar para o “Caribe Brasileiro”

Atuzalizado (04/2021)

Em 2018, tive a oportunidade de conhecer um dos estados mais paradisíacos do nosso país. Fui para Alagoas e aqui vou te contar como foi viajar para o Caribe Brasileiro, bem como, se esse estado faz jus ao título! Vamos comigo despachar a mala nesse paraíso?!

Era abril de 2018, quando decidi junto com os meus pais e durante minhas férias, embarcar para o estado de Alagoas, pois Maragogi sempre fez parte da lista de destinos surreais que sempre tive vontade de conhecer.

Embarcamos no aeroporto de Guarulhos e em 3 horas estávamos chegando em terras alagoanas.

Chegando no aeroporto, logo fomos recebidos pela equipe da CVC e então direcionados até o ônibus que iria nos levar até o nosso hotel.

O Aeroporto Internacional de Maceió fica no município de Rio Largo há 22 Km da cidade, por isso, demoramos em torno de 1h para chegar no nosso hotel, visto que, teve muitas paradas para deixar as outras pessoas em seus devidos alojamentos.

Durante o trajeto até o hotel, a guia de turismo já foi explicando como iria funcionar os próximos dias e igualmente foi oferecendo os passeios disponíveis para fazer com a empresa.

Conhecer o “Caribe Brasileiro” pode sair muito mais caro do que o normal…

E aí vem a primeira Dica da Dre: Antes de mencionar o que acho sobre a forma como a CVC trabalha, quero deixar claro que isso é uma opinião pessoal e que cada perfil de viajante tem suas preferências.

Mas, eu não achei bacana a forma como fomos abordados, isto é, a guia de turismo parecia querer fazer uma lavagem cerebral, de forma que, só os passeios da CVC eram legais ou até que viajar sem a CVC era extremamente perigoso.

E nós, que já havíamos recebido a dica de não fechar os passeios com a companhia, caímos na lábia da guia e compramos 2 passeios com eles, que por sinal, saíram caros.

Dito isso, minha dica é, antes de ir para Alagoas, pesquise e tente entender qual tipo de viagem você quer fazer. Quer curtir os passeios com liberdade de escolha ou ficar seguro em relação aos locais, mas preso em horários e limitados a lugares que a CVC indica?

Veja bem, eu gosto muito de fechar pacotes de viagem com a empresa, mas confesso que nessa viagem, foi a 1° vez que fechei passeios com a CVC e se depender de mim, será a última.

Chegando no nosso hotel em Alagoas

Ficamos hospedados no hotel Ponta Verde Maceió que fica no bairro Ponta Verde, aliás, um dos melhores para encontrar excelentes hotéis.

O hotel é bastante agradável, possui uma piscina mediana perto da recepção, assim como espaços grandes e confortáveis nas áreas de convivência. O quarto que tinha acabado de ser reformado era bem claro e colorido e tinha uma vista belíssima.

Como já estava tarde quando chegamos no hotel, já morrendo de fome, optamos por jantar em um restaurante do lado do nosso alojamento.

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Dica da Dre: Nessa primeira noite, jantamos em um restaurante chamado Janga e foi o melhor restaurante que comemos em toda a viagem, tanto, que voltamos no último dia.

As opções não são caras e nem baratas, mas com certeza o preço vale muito a pena. Até hoje (março/2020) eu ainda sinto o gosto do risoto de alho poró que comi no Janga rs. Certamente, na minha opinião o melhor de Maceió!

Informação: Quando se vai a Alagoas é evidente que o foco dos visitantes é conhecer as belas praias, mas, é importante ter em mente que mesmo a preferência de hospedagem ser na capital, a maioria das praias famosas ficam em outros municípios.

Dessa maneira, você vai precisar optar em: alugar um carro ou contratar passeios como fizemos com a CVC ou com outra empresa. Ainda, existe a opção de ir de Uber, que aliás, foi nossa escolha nos últimos dias da viagem e que abordarei adiante.

Se for alugar um veículo, no site da Rentcars, você consegue comparar preços de várias locadoras e ainda consegue parcelar a locação!

Caso prefira fechar passeios, dê uma olhada nas opções da Civitalis abaixo e feche com antecedência:

Dia 2 – Conhecendo a Praia do Francês

No nosso 2° dia, fizemos o passeio que já é incluso no pacote da CVC. Fizemos um City Tour para conhecer a cidade de Maceió e posteriormente fomos conhecer a Praia do Francês.

Sempre escutava falar sobre essa praia e o quanto ela era maravilhosa, mas como existem muitas praias deslumbrantes como a de São Miguel dos Milagres, esta em especial não me surpreendeu.

Essa praia fica localizada no município de Marechal Deodoro, há menos de 20 Km da capital e apesar de ser umas das queridinhas de Alagoas e ter uma boa infraestrtura, não foi a minha preferida.

Vale a pena conhecer, e tirar uma foto naquele letreiro famoso rs.

Bairro das rendeiras

Na volta, passamos pelo bairro das rendeiras, que fica no Pontal da Barra, um bairro de pescadores.

Lá são vendidos vários produtos artesanais lindos como a famosa renda filé, considerada Patrimônio Cultural de Maceió.

Andando pela orla de Maceió

Ainda no mesmo dia, decidimos conhecer a orla de Maceió, que a propósito é charmosíssima, cheia de coqueiros e barracas bem estruturadas.

O calçadão possui aproximadamente 6 Km de extensão e engloba três praias urbanas, são: Praia da Pajuçara, Praia Ponta Verde e Praia de Jatiúca.

Caminhamos até a Praia de Pajuçara para conhecer a famosa feirinha de artesanatos que fica na região. Para quem gosta, se prepare que tem muitaaa coisa para ver.

Dica da Dre: Conhecer as praias e arredores da capital de Alagoas após chegar dos passeios é uma ótima opção para fazer em Maceió, visto que, são próximas umas das outras e todo mundo merece passar um tempinho apreciando aquela orla maravilhosa, além de ajudar a economia local comprando um bom artesanato como o famoso Filé nas feiras de artesanatos.

Dia 3 – Conhecendo Maragogi, “ O Caribe Brasileiro”?

No 3° dia, acordamos às 5h para ir até Maragogi com a CVC. Após tomarmos nosso café da manhã, ficamos aguardando o ônibus chegar para ir rumo ao paraíso.

E pasmem, foi um dos lugares que menos gostei de conhecer. Isso mesmo, foi uma frustração, não só para mim, que estava louca para conhecer as piscinas naturais de Maragogi, mas também, para os meus pais, que esperavam bem mais do passeio.

Mas, como assim menina, que frescurenta você hein…

Bom, pode até ser frescura, mas vou citar os motivos da minha insatisfação em relação a esse passeio e aí você diz se foi frescura ou não, combinado?

1°A viagem de Maceió até Maragogi durou 3 horas para ir, mais 3h para voltar, isso porque, são 130 Km de distância e além disso, o ônibus vai parando de hotel em hotel para pegar e deixar as pessoas. Portanto, ficamos mais tempo na estrada do que no próprio destino.

2°Ao chegar em Maragogi depois de uma longa viagem, a equipe da CVC ficou nos apressando, pois a maré estava subindo e para quem quisesse fazer o passeio até as piscinas naturais (mas esse não é o objetivo de quem vai para Maragogi?), teria que se apressar para ir JÁ!

Ou seja, mal deixamos nossas bolsas e já estávamos ali desembolsando R$100,00 (abril/2018). ISSO MESMO, 100 pila por pessoa para fazer o passeio e conhecer os peixinhos “CVC”.

Titanic em Alagoas?

3°Posteriormente, embarcamos no catamarã e seguimos até as piscinas naturais, e foi nesse momento, em meio, aquela chuva que caia que minha frustração ficou completa. Quando chegamos nas piscinas, a maré estava super alta, chovendo e não dava para ver quase nada. Então, comecei a procurar o Jack, pois parecia mais a cena do filme Titanic. Havia pessoas tremendo, só com as cabeças para fora da água e com coletes salva-vidas, uma bela cena cinematográfica, porém bem diferente da que eu esperava.

4°Embora não desse para ver praticamente nenhum peixe, tivemos que alugar uma máscara por R$15,00 cada pessoa que na verdade não serviu para nada, pois entrava água do mesmo jeito.

5°Depois que voltamos do passeio, ou seja, já havia se passado 1h que estávamos em Maragogi, foi o tempo de almoçar e conhecer ao redor do restaurante que ficamos, e quando o sol começou a sair, era hora de ir embora e pegar mais 3h de estrada.

6°Após ter voltado da viagem, descobri que em Maragogi tem praias lindíssimas como a de Antunes e que não conseguimos conhecer por falta de informação e de tempo.

E aí, foi frescura minha, ou não?

Dicas da Dre: Tirando proveito da minha frustração nesse passeio, ficam então as minhas dicas: Se for conhecer Maragogi, faça bate e volta em último caso, se não, tire pelo menos 3 dias para aproveitar esse paraíso que merece muito mais do que 3 horinhas, afinal, não é um destino barato neh!

Se informe sobre as tábuas das marés antes de ir para alguma praia que ofereça passeios para piscinas naturais, principalmente se esse for seu foco, pois esses passeios dependem totalmente das marés e 20 minutos podem fazer total diferença.

Não temos controle sobre o tempo, sim, eu sei, mas vá preparado se caso o tempo não estiver aberto, pois a experiência vai ser bem diferente daquelas fotos que você acha na inernet.

E para não te deixar desperançoso em relação a Maragogi, a Elizabeth do blog Elizabeth Werneck: um blog para falar sobre viagens e outros assuntos, contou a experiência dela e sua família que por sinal foi bem diferente da minha! Ela foi em fevereiro, e por isso conseguiu aproveitar muito as praias e passeios na região! Neste post: Praia de Antunes, Maragogi: 10 coisas pra se fazer no Caribe brasileiro ela conta tudo e ainda com dicas muito valisosas!

Dia 4 – Praia do Gunga

A Praia do Gunga fica localizada no município de Roteiro, onde as águas do Oceano Atlântico se encontram com as da Lagoa do Roteiro durante a maré baixa.

Essa praia foi nosso passeio com a CVC no 4° dia de viagem. Ela fica há 43 Km da capital, ou seja, a viagem foi mais rápida que do dia anterior.

Ao chegar , caia uma tempestade forte e saímos do ônibus somente quando a chuva deu uma brecha. Nos alocamos em um restaurante e começamos a rezar para que a chuva parasse.

Passeio de Buggy

Após uns 30 min, nossas preces foram atendidas e o sol começou aparecer, por conseguinte, decidimos fazer o passeio de buggy pelas falésias.

Confesso que antes do passeio começar eu não dava nada por ele, mas depois que o buggy foi saindo dos coqueiros e entrando naquela paisagem misturando as falésias multicoloridas e o mar do outro lado, fiquei impressionada com tamanha beleza.

Durante o passeio é possível fazer uma parada para conhecer mais de perto as falésias e uma outra parada para entrar em uma lagoa.

Um passeio sensacional, que é obrigatório fazer para quem visita a Praia do Gunga. O valor do passeio foi de R$40,00 por pessoa (abril/2018), fora, é claro, do valor pago para a CVC.

Outro passeio que fizemos nessa praia foi o passeio de barco que vai até o aquário natural e depois tem uma parada no bar flutuante que fica em alto mar quando a maré está baixa. Passeio espetacular! O valor do passeio também foi de R$40,00 (abril/2018) por pessoa.

Além dos passeios, também conseguimos aproveitar a longa faixa de areia da praia e contemplar seu mar aberto.

Dica da Dre: A Praia do Gunga faz parte de uma fazenda, por isso, é necessário pagar R$50,00 (abril/2018), caso for por conta própria.

Dia 5 – Capitão Nikolas

No nosso 5° dia fizemos a excelente escolha de pegar um uber para nos levar até O Hibiscus Beach Club.

Durante o trajeto até o destino, fomos conversando com o Gustavo (nosso uber), e o mesmo foi explicando que talvez o Hibiscus não seria a melhor opção, visto que, estávamos procurando um clima mais sossegado. Foi aí que ele nos indicou o Capitão Nikolas.

O Capitão Nikolas é um Clube também, porém com uma pegada mais rústica e tranquila. Ele fica no município de Barra de Santo Antônio há 50 km de Maceió.

O que mais gostei nesse clube, sem dúvida, foi a piscina que além de grande, tinha uma água quentinha e muito limpa.

Outro ponto bacana, são as várias redes espalhadas no espaço para ficar deitão e tranquilão.

Lá, eles também oferecem o passeio de buggy até as falésias da Praia de Carro Quebrado, mas optamos por não fazer, já que fizemos um parecido na Praia do Gunga.

O valor do Day use no Capitão Nikolas é de R$25,00 (abril/2018).

Dica imperdível para quem viaja para Alagoas

Dica da Dre: O Gustavo foi extremamente solicito com a gente, e além da sua gentileza, sabia explicar sobre todos os pontos turísticos de Alagoas e qual poderia se encaixar mais com o seu perfil, por isso, deixo aqui o contato dele caso você se identifique.

Gustavo: Tel: +55(82) 9901-8574 – AL- Receptivo Passeios Turísticos.

Indicamos o Gustavo para um casal de amigos e posso te garantir que eles conseguiram aproveitar muito mais do que a gente que fechamos os 3 primeiros dias com a CVC.

Dia 6 – São Miguel dos Milagres. Este lugar realmente é um Milagre.

Se fosse para escolher um lugar que valeu a pena ter conhecido no estado, esse lugar seria, sem dúvida, São Miguel dos Milagres.

O município de São Miguel dos Milagres faz parte da Rota Ecológica da Costa do Corais que vai da Barra de Santo Antônio, em Alagoas, até Tamandaré, em Pernambuco.

Esse foi o passeio que mais me impressionou, o tom da água azul-esverdeado era impressionante, além ainda, da água ser quentinha e muito calma.

Aproveitamos para relaxar e também fizemos o passeio de jangada até as piscinas naturais e gente…foi maravilhoso, pois a maré estava super baixa, o céu azul estonteante, vários peixes, assim como uma rede em alto mar para tirar boas fotos, deixaram o passeio receber o título do mais legal, lindo e impressionante de Alagoas.

Ficamos em torno de 1h nas piscinas, pagamos apenas R$40,00 (abril/2018) e ainda, não tivemos que pagar pela máscara.

Para ir até São Miguel leva algumas horas, pois são 95 km de distância, mas vai por mim, você não vai se arrepender, pois esse sim é um passeio imperdível.

Dia- 7 Voltamos para a Praia do Francês

No nosso último dia, antes de voltar de viagem, optamos por retornar para a Praia do Francês e usar o Day Use do hotel Ponta Verde Praia do Francês.

Dica da Dre: Para quem fica hospedado no hotel Ponta Verde Maceió tem desconto para usufruir das instalações do hotel Ponta Verde Praia do Francês como por exemplo, usar a piscina e os serviços de praia do hotel. Pagamos R$30,00 por pessoa (abril, 2018).

Achei uma ótima opção para fechar a viagem.

Afinal, como foi viajar para o “Caribe Brasileiro”?

O estado de Alagoas realmente faz jus ao título de “O Caribe Brasileiro”, na verdade, acho que o estado merece um título original como por exemplo: “Alagoas: o estado das águas mais lindas do mundo”!

De fato, meu sentimento após finalizar a viagem foi a de que eu poderia ter aproveitado muito mais. Se tivéssemos optado por efetuar os passeios por conta própria desde o começo, certamente a satisfação teria sido maior.

Para quem vai para Alagoas o ideal é ficar uns 10 dias, visto que, as melhores praias ficam em outros municípios e como o dia amanhece mais cedo, quando dá 15h30, os estabelecimentos já começam fechar.

Quando ir para Alagoas?

O que me chamou atenção foi o tempo, em abril, na verdade, não é um mês indicado para viajar para Alagoas, porém, mesmo que amanhecesse chovendo, o tempo abria e ficava aquele sol de rachar.

Mas, para você que quer ter mais segurança, os melhores meses para ir até o paraíso alagoano é entre setembro e março e os meses que o mar fica mais claro são os últimos e os primeiros do ano.

Enfim, essa foi minha experiência com o estado de Alagoas, e o bom de tudo isso, é que a vontade de voltar, agora , sabendo que existe formas melhores de aproveitar esse paraíso, é gigantesca!

Assim sendo, com certeza voltarei para desfrutar do estado das águas mais lindas do mundo!

Viajei para outro destino do nordeste brasileiro, clique aqui para conferir!

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