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Viajar de ônibus na Pandemia: Quais foram as minhas impressões

imagem de duas pessoas esperando ônibus na pandemia
Imagem de iqbal nuril anwar por Pixabay

Entramos em 2021, ainda sem a certeza se esse é o melhor momento para arriscarmos sair de casa em busca de experiências em outros destinos. Contudo, muitas pessoas estão optando por viajar durante a pandemia procurando por lazer ou até mesmo por necessidade. Essa última opção foi o meu caso, e tive que realizar outra viagem dentro do estado de São Paulo. Assim sendo, resolvi relatar como foi a minha experiência ao viajar de ônibus na Pandemia com o intuito de auxiliar outras pessoas que estão pensando em viajar nesse momento.

Antes de mais nada, vale ressaltar que viagens de ônibus interestaduais, assim como as intermunicipais são considerados serviços essenciais. Apesar disso, vale a pena ler alguns relatos de pessoas que fizeram trajetos de ônibus dentro do Brasil para se caso for uma viagem de lazer, analisar se esse é um momento bacana para correr eventuais riscos.

Fiz uma viagem saindo do interior de São Paulo para a Baixada Santista. A empresa que prestou o serviço foi a Expresso de Prata. O transporte saiu às 22h30 e chegou no destino somente às 8h. Ou seja, foram 10 horas de viagem.

A saber, antes da Pandemia eu sempre efetuava esse trajeto e percebi algumas mudanças em relação a essa viagem que serão mencionadas adiante. Aliás, uma das alterações mais relevantes foi o tempo de trajeto. Isto é, antes da Pandemia, o percurso tinha duração de 8 horas, no entanto, por conta da necessidade de lotar os veículos, as paradas em várias cidades aumentaram, resultando em uma viagem mais longa e cansativa.

A experiência de viajar de ônibus na Pandemia

Comprando a passagem

A empresa Expresso de Prata disponibiliza já faz um tempo a possibilidade de efetuar a compra das passagens através da internet. No entanto, isso não é uma novidade da Pandemia.

Viajar de ônibus da Pandemia
Rodoserv – parada do ônibus Expresso de Prata

Adquiri minha passagem pela internet e fiz a retirada no guichê com 30 minutos de antecedência do embarque.

Ou seja, a companhia não restringe o contato com o passageiro, sendo que mesmo comprando pela internet, é obrigatória a retirada da mesma na rodoviária. Em junho de 2022, a empresa foi vendida e implementou um novo sistema onde é possível efetuar a compra com mais facilidade e apenas apresentar o QRCODE pelo celular na hora de embarcar. Todavia, na época dessa viagem no post esse sistema ainda não funcionava.

Além disso, os funcionários não usavam nenhuma outra forma de proteção além da máscara. Diferente do que presenciei no aeroporto de Campinas, onde os colaboradores utilizavam além da máscara, luvas e a barreira de acrílico.

Já na Rodoviária de Marília, não havia muitas pessoas e todas estavam de máscaras e distantes umas das outras.

Veja também: O que fazer em Marília: “A terra da bolacha”

Embarcando

A segunda diferença foi o veículo da viagem, pois antes utilizavam os carros de apenas 1 andar, e pela primeira vez, peguei um de 2 andares.

Na hora de embarcar, não houve nenhum controle de distanciamento, tão pouco, procedimentos para medição de temperatura para embarque ou distribuição de álcool em gel. Por isso, leve seu próprio álcool em gel na viagem.

Durante a viagem

No início não veio ninguém do meu lado, o que já deu um alívio, mas em Bauru (uma das paradas do ônibus) o transporte lotou.

Eu consegui dormir praticamente em todo o percurso. Na única parada para descida de passageiros que teve, eu sai do veículo para ir ao banheiro e comprar uma água.

A viagem foi longa, pois teve várias paradas, inclusive em cidades que antes da Pandemia o ônibus não parava, como a região do ABC Paulista, por exemplo.

Durante o percurso, as pessoas que estavam na minha frente, tiraram a máscara até o motorista chamar a atenção. Infelizmente nem todos respeitam a regra do uso de máscaras que é muito importante, especialmente em locais fechados.

Chegando no destino

Confesso que ao chegar em Santos, senti um baita alívio. Mais uma vez, no desembarque não teve nada diferente do normal, a não ser o uso de máscara.

A rodoviária de Santos esta reformada e com bastante espaço facilitando o distanciamento. Então, fui em um cantinho e tomei mais água, troquei minha máscara e segui viagem chamando um uber.

Cuidados ao viajar de ônibus na Pandemia

Ao pesquisarmos sobre os novos procedimentos em relação a higienização dos ônibus, encontramos informações de que as limpezas dos veículos estão mais rigorosos, seguindo as normas estabelecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Para isso, são usadas substâncias que agem contra bactérias e vírus em todos os objetos dentro dos ônibus como os cintos, bancos e etc. Além disso, o uso do ar-condicionado filtra 99,7% dos microorganismos no ar.

Todavia, ainda podem ficar partículas no ar, por isso é indispensável o uso de máscara por toda a viagem.

Além disso, é importante fazer a troca da máscara de 3 em 3 horas. Evitar comer ou beber, especialmente dentro do ônibus, pois evitará o contato com o ar que pode estar com o vírus.

Leve também uma sacolinha separada para as máscaras limpas e sujas.

Respeite o distanciamento

Embora a maioria das pessoas não respeitarem o distanciamento de no mínimo 1,5 metros, faça a sua parte e mantenha a distância, principalmente no desembarque onde as pessoas ficam desesperadas para pegar suas bagagens. Aguarde com paciência, sua mala não vai sair voando.

Esse não é o momento de ficar batendo papo durante a viagem. Leve um fone de ouvido e curta a sua própria companhia durante o trajeto.

Se for espirrar ou tossir, não tire a máscara para isso. Se precisar use um papel e descarte corretamente depois.

Lembre-se de levar seu próprio álcool em gel, pois tem muitas empresas que não oferecem e claro, use-o.

Evite ficar descendo nas paradas, só pare se for essencial, especialmente se precisar usar o banheiro, pois o sanitário do ônibus é menos limpo e a probabilidade de infecção é maior. Aliás, isso é para a vida, evite ao máximo usar banheiros de transportes públicos.

E se tiver sintomas ou saber que teve contato com alguém infectado, não viaje.

Ao chegar na sua casa ou meio de hospedagem, separe sua roupa para lavagem e vai direto para o banho.

Vai viajar na Pandemia? Não deixe de contratar seu seguro viagem para casos de imprevistos. Usando o cupom BDESPACHADA5, você ganha 5% de desconto.

Conclusão: Como foi viajar na Pandemia de ônibus?

Por fim, faça uma viagem de ônibus na Pandemia somente se não tiver nenhuma outra escolha.

Sinceramente, eu achei muito desconfortável fazer essa viagem.

Claro, que vai muito de companhia para companhia, mas levando em conta que não existe tanta diferença entre as empresas de ônibus aqui no Brasil, eu não arriscaria viajar de ônibus na Pandemia por lazer.

Isso porque, muitos dos veículos estão viajando com 100% de ocupação, que foi o meu caso.

Assim sendo, a aglomeração é inevitável, sem contar que dependendo do trajeto é muito tempo em um local fechado, mesmo tendo o ar condicionado. Na verdade, eu me sentiria mais confortável em viajar com a janela aberta do que com ar condicionado em local fechado.

Além disso, sempre vai ter gente que não respeita o uso de máscaras. Ademais, mesmo consciente de que o uso de máscara é indispensável, não pode-se negar que durante a viagem é bem desconfortável.

Viajar de ônibus é a maneira menos segura

Outra questão que me incomodou também, foi a sede e fome, pois não me sentia a vontade de tirar a máscara no ônibus para comer e beber e nem ficar descendo em paradas para evitar contato com mais pessoas.

Por isso, não acho viável e muito menos confortável viajar de ônibus na Pandemia se você busca lazer. Isso porque, além de todo o desconforto durante a viagem, você vai ficar com receio se contraiu alguma coisa além de correr o risco de encontrar atrativos fechados no destino.

Portanto, se está pensando em fazer uma viagem, dê preferência se possível, para carros e avião.

Veja aqui: Viagem de carro x avião na Pandemia

Finalmente, as empresas de ônibus estão mais flexíveis em relação a desistência. Por conta de toda a situação que o mundo esta vivendo, o usuário tem o direito de remarcar e cancelar viagens de ônibus pelo país. Assim sendo, veja os seus direitos com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em caso de desistência.

E você, já viajou durante a Pandemia? Como foi a sua experiência?

Ao utilizar os links do blog para montar a sua viagem, você não paga nada a mais por isso e ainda ajuda a manter o blog e sempre trazer conteúdos cada vez melhores! Desde já, muito obrigada e boa viagem!

Andressa

Formada em Turismo sempre fui apaixonada por conhecer destinos novos e culturas diferentes. Lembrando que assim como todo destino é único, as pessoas também são! Por isso, neste espaço, tenho o intuito de contribuir com sua viagem através das minhas experiências, porém com a total consciência que não existe verdade absoluta! Me chamo Andressa e te convido à despachar a mala comigo!

2 thoughts on “Viajar de ônibus na Pandemia: Quais foram as minhas impressões

  • Júlia Magalhães

    Muito bom ler seu relato, Andressa! Muitas vezes não restam outras opções a não ser viajar de ônibus a trabalho ou numa urgência. Uma dica que pode ajudar muito a evitar o máximo de contato físico, é preferir comprar a passagem de ônibus online em alguns sites que prestam esse serviço. Aqui neste site: https://www.passagensbr.com/home tem passagens para as principais cidades da região norte e nordeste do Brasil. 🙂

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    • Oi Júlia, muito obrigada pela dica do site! Nas minhas últimas viagens de ônibus eu comprei pela internet e a empresa pediu para retirar no guichê :(, algumas empresas falham um pouco nisso. Abraços!

      Resposta

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