Viagem na Pandemia: Será que é seguro e vale a pena arriscar?

Recentemente fiz minha 1° viagem a lazer após o início da Pandemia em março de 2020. E apesar de muitos já estarem vacinados, sabemos que ainda não é o momento de descuidarmos dos procedimentos de segurança. Isso porque, variantes da Covid estão surgindo como o Ômicron e por isso, precisamos continuar tomando os devidos cuidados. Mas e como fica o turismo no meio de toda essa confusão? Será que é seguro e vale a pena fazer uma viagem na Pandemia? Continue acompanhando como foi minha experiência pela Costa dos Corais no nordeste brasileiro e veja quais foram as minhas impressões em relação a procedimentos em vários segmentos do trade turístico.

Meios de transporte na Pandemia:

Viajando de ônibus

Minha viagem começou pegando um ônibus da Buser saindo do interior paulista até a Rodoviária Tietê em São Paulo.

As medidas de segurança da Buser já começam antes de embarcar. Isso porque, a compra das passagens são efetuadas através do próprio aplicativo da empresa. Dessa forma, o contato que as empresas de rodoviárias geralmente tem para retirar as passagens no guichê, não é necessário na Buser.

Além disso, os veículos que são parceiros da empresa, saem de estacionamentos específicos evitando grandes aglomerações como acontece em rodoviárias brasileiras.

Todavia, não houve distribuição de álcool em gel, embora o motorista cobrasse o uso de máscara em todo o trajeto da viagem.

Os espaços entre os passageiros também foi uma vantagem, já que a fileira da direita era individual e as outras duplas estavam com apenas 1 passageiro.

Viajar com a Buser na Pandemia foi tranquilo, levando em conta esses pontos mencionados acima.

Dica da Dre: Se for viajar de ônibus na Pandemia sempre verifique se a empresa adota os protocolos de segurança e higiene. Veja também, se estão trabalhando com ocupação máxima, ou se até uma porcentagem específica.

Além disso, o fato da compra da passagem de ônibus ser feita somente online, sem a necessidade de apresentação no guichê também é uma vantagem. Evite comprar alimentos em paradas, e leve o seu próprio lanche. E por fim, não esqueça seu álcool em gel e o use a máscara em 100% da sua viagem.

Veja também: Como é viajar com a Buser? Realmente vale a pena?

Como planejar uma viagem de ônibus tranquila

Viajar de ônibus na Pandemia: Quais foram as minhas impressões

Viajando de avião

Procedimentos nos aeroportos

Meu segundo meio de transporte nessa viagem foi avião. E diferentemente da situação citada acima em relação a viagem de ônibus, uma viagem de avião é quase impossível não ter aglomeração.

Embora a maioria das empresas terem adotado medidas de prevenção como o check-in online, despache de bagagem sem necessidade de atendente e marcações em assentos de distanciamento dentro do aeroporto, a hora de embarcar é sempre tumultuada.

Além disso, muitos dos passageiros não utilizam as máscaras exigidas em viagens de avião como a N95 por exemplo. Assim sendo, vi muitas pessoas com máscaras de pano, não respeitando as exigências dos aeroportos.

Apesar disso, é inegável alguns avanços que o aeroporto de Guarulhos pelo menos, adquiriu nessa temporada.

Por exemplo, a empresa Latam oferece aos seus passageiros além do check-in online, a emissão da etiqueta e até o despache da bagagem através de autoatendimento. Dessa forma, evitando aglomerações e mais agilidade na hora de efetuar tais procedimentos.

Voando na Pandemia

Durante o voo na ida, optamos pelas poltronas da Latam + que oferecem mais conforto por conta do espaço. E de fato é bem mais espaçosa. Outro ponto relevante foi que na nossa fileira de 3 lugares só fomos eu e meu namorado.

Todavia na volta com a Gol, viemos em uma aeronave lotada e bem apertada e confesso que a neurose nesse momento deu as caras rs!

Embora as empresas de avião salientarem sobre os filtros com tecnologia HEPA, no qual, auxilia na renovação do ar, prometendo eliminar 99,99% das bactérias e vírus que possam estar circulando no espaço, a quantidade de pessoas juntas e próximas em um ambiente fechado é um pouco desconfortável.

Além disso, especialistas da Universidade de Leicester, na Inglaterra, informam que o processo é efetivo e garante a limpeza do ar, mas não previne 100% a contaminação, já que não funciona lateralmente, interferindo pouco no fluxo entre uma poltrona e outra, por exemplo.

Portanto, não deixe de utilizar a sua máscara durante todo o trajeto e evite tirar para comer. Se possível, espere até desembarcar.

Aliás, esse é outro ponto que as empresas aéreas modificaram nesse tempo de Pandemia. Não estão oferecendo serviço de bordo, somente água quando solicitado para um tripulante. Então snacks (out/21) no momento estão cancelados.

Dica da Dre: Jamais deixe de utilizar a sua máscara e de preferência use dos modelos PFF2 ou N95 que oferecem uma melhor eficácia. Junto a isso, evite tirar a sua máscara no trajeto do voo.

Carregue seu potinho de álcool em gel na bagagem de mão. A saber, o álcool em gel é liberado desde que seja de 500ml.

E por fim, lembre-se de fazer seu check-in online!

Veja também: Como foi viajar de avião na Pandemia (dentro do Brasil)

Viagem de carro x avião na Pandemia

Viajando de Carro

O terceiro transporte utilizado nessa viagem na Pandemia foi um carro alugado. E sem dúvida essa foi a maneira mais confortável e segura de viajar durante essa fase de Pandemia. Isso porque, só estávamos no veículo eu e o meu parceiro, ou seja, os contatos com outras pessoas só foram feitos nos postos de gasolina, já que no percurso que fizemos não tinha pedágios.

Dica da Dre: Se possível, sempre opte em fazer uma viagem de carro durante a Pandemia, já que o contato com outras pessoas cai drasticamente e por consequência a possibilidade do contágio com o vírus. Além disso, se for passar por muitos pedágios, contratar a máquina do Sem Parar pode ser uma excelente alternativa, evitando o contato direto com os colaboradores que ficam nos guichês dos pedágios.

Finalmente, não esqueça o álcool em gel, de manter os vidros abertos e de levar seu próprio lanche.

Veja também: Como planejar uma viagem de carro

Em relação aos hotéis

Nessa aventura pela Costa dos Corais ficamos em diferentes tipos de hospedagens e citarei minhas impressões em relação aos cuidados adotados:

Holiday Inn Express Maceió

Optamos por ficar no Holiday Inn Express Maceió, localizado no bairro Ponta Verde, um dos melhores bairros para se hospedar da capital alagoana.

O hotel da rede IHG é classificado como econômico e oferece café da manhã. Certamente, é um hotel ideal para pernoitar e desbravar a região.

Em relação aos procedimentos adotados contra a Covid-19, o hotel tirou o frigobar e reuniu os produtos em um espaço perto da recepção para evitar contato de outras pessoas nos alimentos dos hóspedes.

E o que mais me chamou a atenção, foi o café da manhã que por conta da pandemia era agendado, além de disponibilizarem luvas de plástico para se servir.

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Por fim, todos usavam máscara e me senti muito confortável dentro do hotel por conta do respeito e excelente atendimento dos colaboradores, bem como as medidas adotadas de prevenção.

Hotel Boutique Pedras do Patacho

O Pedras do Patacho é uma hospedagem de luxo destinada a casais e a exclusividade e experiência individualizada. Isto é, uma hospedagem de isolamento na natureza.

Portanto, a proposta por si só, já é uma forma de prevenir contato com outras pessoas, a não ser, com os próprios colaboradores do hotel.

Contudo, mesmo assim, pelo fato de o hotel entrar em contato através do WhatsApp, também foi uma forma de evitar ao máximo o contato com outras pessoas durante a experiência.

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Além disso, o estabelecimento fica inserido no meio de uma natureza exuberante, tendo apenas o quarto como espaço fechado.

Certamente, pelo fato de todas as experiências serem feitas em ambientes abertos e longe de todos os outros hóspedes, inclusive as refeições, fez com que a experiência tivesse sido segura e extremamente incrível.

Veja aqui: Como é se hospedar no Hotel Boutique Pedras do Patacho

Pousada do Alto

A Pousada do Alto foi a terceira opção de hospedagem e foi a única que nos decepcionou.

Isso porque, apesar dos funcionários usarem máscaras, o serviço como um todo deixava bastante a desejar.

Entre alguns pontos negativos em relação a higiene reparei nas louças sujas, banheiro do quarto com azulejos mofados, piscina privativa suja e muitas teias de aranha por toda a hospedagem.

Não me senti segura em nenhum momento no hotel, tão pouco em relação a Pandemia e não indico de forma alguma.

Airbnb em Maragogi

Em Maragogi, optamos por um Airbnb que ficava bem perto do centro da cidade. Além da segurança de estarmos só nós dois no apartamento, e junto a isso, fazermos nossa própria comida, tudo estava muito limpo e higienizado.

Não tivemos contato com nenhum morador enquanto estávamos por lá, apenas quando saímos para ir ao mercado ou fazer algum passeio.

Assim como as duas primeiras hospedagens, me senti muito segura nessa aqui também e aproveito e deixo aqui o link do apartamento.

Vivá Porto de Galinhas

Na nossa última hospedagem ficamos hospedados em um resort. Este muito diferente de todos os outros por ser em um local que reune muitas pessoas.

E afirmo, que apesar de realmente ser um ambiente que reune muitas pessoas juntas ao mesmo tempo, o resort adotou algumas medidas que fizeram da experiência tranquila.

Primeiro que eles disponibilizaram um aplicativo EasyTrip, com objetivo de agilizar a entrada do hóspede no hotel e eliminar o uso de papeis. Além disso, a ocupação reduzida a 50% da capacidade, o isolamento do apartamento por um dia entre cada check-out e check-in, a distribuição de dispensadores de álcool em gel nas áreas comuns dos meios de hospedagens, as atividades de lazer ao ar livre, os funcionários trabalhando com os devidos EPIs e diversas outras medidas.

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Além disso, na categoria resort e hotel de praia, conquistaram o selo Safe Traveldo Worldd Travel & Tourism Council (WTTC). Este selo garante que os viajantes reconheçam as empresas que adotaram os protocolos padronizados globais de saúde e higiene, garantindo viagens mais seguras para todos os turistas.

Outros pontos positivos foram: as toalhas e copos embrulhados, aliás, foi a única hospedagem que encontramos tudo embalado. O café da manhã era em sistema buffet assistido, onde os hóspedes pediam e o colaborador com luvas e máscara pegava os produtos escolhidos.

E por fim, todos no resort evitavam aglomerações já que o local era muito grande e tinha espaço para todas as famílias ficarem a vontade.

Dica da Dre: Escolha um hotel que tenha implantado os protocolos de higiene e segurança. Descubra se o hotel está sendo firme com os hóspedes e fiscalizando os protocolos. Confira a opinião de outros viajantes nos sites de hospedagem. Procure se informar sobre os serviços do hotel: se oferece transfer privativo, se dá a opção de check-in online e se disponibiliza room service (refeição no quarto).

Restaurantes e passeios durante uma viagem na Pandemia

Em relação as vezes que saimos das hospedagens para comer em restaurantes ou passear, não teve grandes aglomerações, já que os espaços entre as mesas de restaurantes eram devidamente distantes e não fizemos passeios com agências.

Por conta da Pandemia, escolhemos curtir as praias e passear pelos locais sem acompanhamento de outras pessoas ou profissionais.

A partir dessa opção, ficamos em barracas com distanciamentos e aproveitamos muito viajando dessa forma.

O único momento em que nos sentimos muito desconfortáveis foi em Porto de Galinhas, pois estava lotado e muitos não usavam máscaras.

Afinal, vale a pena fazer uma viagem na Pandemia?

Certamente isso vai depender muito de pessoa para pessoa. Durante essa viagem, houve momentos que não me senti confortável, mas na soma final foi muito tranquila levando em conta que nos prevenimos em todos os instantes e no final deu tudo certo.

Os hotéis em sua maioria foram muito tranquilos, no qual, me senti segura em quase todos eles como citado acima.

Pelo fato de termos optado por fazermos os passeios por conta, conseguimos evitar qualquer tipo de aglomeração e aproveitamos muito cada momento dessa viagem.

Ademais, se você não aguenta mais ficar em casa e precisa dar um respiro, escolha locais abertos, naturezas ou o turismo de isolamento como no fizemos no Pedras do Patacho.

Optar por viagens pelo Brasil e de carro, também pode ser uma ótima saída, já que os aeroportos são grandes locais de possíveis contágios.

Por fim, leve sempre seu cartão de vacinação físico e no app do Conecte Sus, leve máscaras descartáveis e pelo menos 7 das exigidas como a N95, especialmente se for viajar de avião. Além disso, ande sempre com o seu álcool em gel e acima de tudo, não saia se estiver com sintomas sem fazer o teste.

Na minha opinião, realizar uma viagem na Pandemia com segurança depende muito mais da responsabilidade e cuidados de cada viajante do que qualquer outra coisa.

Por isso, lembre-se que viajar é um ato necessário, mas também responsável. Não é o momento de relaxar em nenhum dos procedimentos citados nesse artigo. Cuide-se e cuide dos outros para que possam continuar conhecendo lugares incríveis por esse mundo e realizando sonhos!

E você, já fez uma viagem durante a Pandemia? Como foi a experiência?